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Ficar ou terminar? Eis a questão!

Ficar ou terminar um relacionamento? Creio que muitas pessoas já passaram ou vão passar por esse tipo de conflito em algum momento da vida e está tudo bem. Neste texto, vamos falar um pouco sobre alguns dos motivos pelos quais podemos continuar a nos relacionar com alguém e alguns conflitos que podem surgir na hora de pensar sobre qual caminho tomar em relação a permanecer ou sair de um relacionamento.

É claro, não tem como esgotar o tema em apenas um texto e não é nossa intenção dar uma resposta mágica ou fórmula secreta de como tomar a decisão mais correta que a(o) deixará blindada(o) contra arrependimentos, tristeza, frustrações, isso não existe, ok?! Cada caso é único e precisa ser visto com cuidado, mas esperamos que seja um espaço inicial de reflexão.

O que nos motiva a querer manter uma relação?

Os tópicos a seguir são apresentados individualmente, mas na vida real, uma somatória de fatores acontece ao mesmo tempo.

Um ponto importante: em casos de relacionamentos abusivos há pontos específicos sobre a permanência na relação. Para ler mais sobre essas especificidades há um e-book gratuito sobre este tema. Para acessar, basta clicar aqui.

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Quando o relacionamento apresenta mais pontos positivos do que negativos.

Toda relação envolve aspectos positivos e negativos, coisas que nos dão prazer e coisas das quais não gostamos e acreditamos que poderiam ser diferentes; todavia, os aspectos positivos e que trazem algum tipo de prazer podem ser preponderantes em relação aos negativos e isso contribui para mantermos o relacionamento.

Por exemplo, você pode ter uma relação que proporciona afeto físico, companheirismo, confiança, diversão, boa comunicação sobre a vida financeira, a possibilidade de diálogo sobre assuntos diversos, mas que tem conflito em apenas um ponto em específico, como quem leva o lixo para fora ou o que vão decidir para comer.

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Quando as coisas agradáveis ou os pontos positivos que a relação traz são muito importantes para você.

Isso quer dizer que, às vezes, podem ter algumas coisas desagradáveis na relação, mas as agradáveis têm um valor maior ou podem estar relacionadas a coisas mais importantes para você.

Por exemplo, se ter uma relação com companheirismo é um valor importante para alguém, talvez manter uma relação que atenda a esse critério, também signifique conviver com divergências em outros aspectos.

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Quando permanecer na relação parece indicar mais condições agradáveis e menos condições desagradáveis do que sair.

Às vezes, podemos ter o pensamento de que sair de uma relação irá trazer muito sofrimento ou coisas negativas e podemos tentar nos apegar a qualquer coisa que possa parecer positiva na relação para não ter que enfrentar esses temores. Todavia, é preciso ter cuidado para não permanecer em uma relação apenas pelo medo do que pode acontecer ao sair.

A experiência pode ser bem diferente do que imaginamos. Assim, quando estamos diante de uma decisão é preciso avaliar. Quando as coisas estão bem em um relacionamento geralmente as pessoas se sentem felizes a maior parte do tempo. Caso contrário, é um alerta! Por exemplo, se dentro da relação existe mais angústia do que alegria, pode ser que fora dela as coisas não sejam tão dolorosas assim… São possibilidades!

No final do texto temos algumas perguntas para que você comece a refletir sobre como você está vivendo o relacionamento.

4

Quando as coisas agradáveis ou positivas da relação não são obtidas facilmente fora dela ou quando não temos habilidades para produzi-las fora da relação.

Podemos nos manter em uma relação por receio de que não iremos conseguir tão facilmente as coisas positivas que tínhamos na relação se estivermos fora dela; ou ainda, pode ser que realmente não tenhamos como obter imediatamente essas condições fora da relação. Quando não temos desenvolvidas algumas habilidades, ou não temos autonomia financeira ou outras condições nas quais nos sentimos bem ou confiantes fora da relação, podemos acabar dependendo da pessoa que traz isso (como nos casos de dependência financeira ou emocional) e podemos sentir angústia frente a decisão de terminar e sair da relação.

Aqui também é preciso ter cuidado para não confundir dependência com valorização. Por exemplo, numa relação é interessante ter planos em conjunto, convivência, parcerias, mas também é importante ter planos, objetivos e experiências de maneira individual. Quando há dependência normalmente os contextos e possibilidades ficam sob controle da presença de alguém. Já na valorização, existe o reconhecimento e aproveitamento de pontos positivos do relacionamento, mas também há vida fora dele.

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Quando há perspectivas de manutenção das condições agradáveis.

Por exemplo, mesmo que exista algum problema, há a possibilidade de entender o que está havendo e negociar em conjunto. Imagine que uma das partes da relação deseja passar mais tempo juntos. Apesar do desconforto existente, existe um diálogo em que ambas as partes podem se colocar, entender o que está ocorrendo e participar de uma negociação. Em linhas gerais, existe o acolhimento e a resolução é mais agradável do que o incômodo anterior.

Agora, imagine um relacionamento em que não há possibilidade de diálogo. Todas as vezes em que a pessoa tenta conversar, acaba virando uma briga sem solução, não importa a maneira que fale. Com o acúmulo de brigas pode ocorrer desmotivação em estar ali.

Resumindo, quando não há perspectiva, podemos nos desmotivar a permanecer na relação.

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Quando há controle aversivo que impede o término.

Nesse caso, esse controle pode ser por meio de ameaças do parceiro, exigências da família, limitações econômicas, ou ainda pressão social.

O controle pode vir do próprio parceiro(a), dizendo coisas como: “ninguém te amará como eu!”, “se você me deixar, vai perder tudo” ou “ninguém aguenta os seus defeitos!”. São afirmações que não são necessariamente baseadas na realidade, porém, podem causar dificuldade na pessoa que está fragilizada emocionalmente.

Não raro as pessoas dizem “antes só do que mal acompanhado(a)”, mas na prática não é tão simples. Pode ser difícil ter que lidar com colegas dizendo: “não deu certo novamente?” ou com familiares comentando em reuniões: “vai ficar para titia!”. Pode ter forte controle para a pessoa ficar com alguém que não deseja!

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Quando temos um padrão de seguimento de regras.

Podemos ter mais dificuldade de enxergar a opção de sair de uma relação como uma escolha possível, quando seguimos ou acreditamos em regras sociais muito rígidas, como: “casamento é para sempre” ou “separação significa fracasso” ou “só se ama uma pessoa na vida, se terminar nunca mais amarei ninguém”.

O que produz a indecisão de ficar ou sair?

Antes de prosseguir com a leitura, é importante dizer que estar em conflito sobre sair ou permanecer em um relacionamento não é sinônimo de que você tenha que odiar a outra pessoa ou que o outro seja uma pessoa ruim.

Em alguns casos, a pessoa pode gostar do outro com quem se relaciona, mas avaliar que não quer mais ficar na relação, não é tudo ou nada (oito ou oitenta) e está tudo bem. Dito isso, vamos à alguns pontos de reflexão sobre o que pode contribuir para a indecisão de ficar ou sair de um relacionamento:

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Quando as consequências das opções de ficar ou sair da relação são, de certa forma, equivalentes em relação a ganhos e perdas.

Por exemplo, escolher sair da relação pode significar terminar com conflitos diários e ter acesso a consequências positivas que não tinha antes (como maior liberdade para tomar suas decisões). Ao mesmo tempo, se escolher ficar na relação, pode continuar com maior estabilidade econômica ou ter filhos mais próximos.

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Quando há uma probabilidade indefinida de ganhos fora da relação, principalmente os de médio e longo prazo.

Aqui podem aparecer questionamentos como “Irei encontrar alguém depois disso?”, “Conseguirei me reerguer?”, “Meus amigos falam que está difícil, será que vou me arrepender se terminar?”.

Realmente, a insegurança pode aparecer diante do cenário de não sabermos se (e quando) começaremos a nos relacionar novamente.

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Quando as consequências envolvidas são de grande magnitude: sociais ou econômicas.

Por exemplo, terminar uma relação pode envolver mudança de casa, mudanças sociais, ter que lidar com as reações de outras pessoas, mudanças financeiras. Pode gerar angústia, ansiedade, tristeza, estresse.

Qualquer mudança deve ser considerada de acordo com as possibilidades disponíveis e o tempo de adaptação. Ao começar o relacionamento o cotidiano é alterado. No caso de término, também!

O que produz a indecisão de ficar ou sair?

Diante desse panorama geral do que pode nos motivar a permanecer em um relacionamento e de quais fatores podem gerar indecisão de qual a melhor escolha, podemos tentar responder algumas perguntas para nos ajudar a refletir sobre a nossa própria experiência:

Por que você acha que permanece (ou permaneceu) com essa pessoa? O que lhe motivou durante esse tempo?
Diante dos problemas enfrentados no relacionamento, o que foi feito para mudar?
Independentemente da pessoa com quem você está se relacionando, como seria uma relação ideal para você? Em quais aspectos isso se aproxima do que você tem atualmente? E em quais aspectos se distancia?
O que é tão positivo ou agradável na relação (por exemplo, o sexo, status social, segurança afetiva, condições financeiras)? É importante responder de forma sincera.
E por que é tão positivo ou importante? Por exemplo: se as condições financeiras é o que mais importa, por quais razões isso é tão importante? Como anda sua vida nesse aspecto fora da relação?

O que é tão punitivo ou aversivo na relação (por exemplo: cobranças e reclamações)?
Por que é tão aversivo?
Quais as suas prioridades atuais na vida?

Como seria a vida separados?
Quais as suas perspectivas e estrutura de vida (perspectivas amorosas, financeira, etc.)? Se essas perceptivas forem baixas, busque refletir sobre como trabalhar para que as perspectivas de autonomia sejam melhores para que a escolha de permanecer ou sair da relação seja com base na agradabilidade da relação e não na dependência. Da mesma forma, ampliar perspectivas de pontos positivos fora da relação, visando a independência.

Bom, esperamos que esse tenha sido um espaço inicial de reflexão e que possa servir de base para começar a pensar de forma mais crítica e consciente sobre essa decisão de permanecer/ ficar ou terminar uma relação. Lembrando que nem sempre esse é um processo fácil ou rápido.

Caso esteja enfrentando dificuldades para lidar com essa questão, fique à vontade para entrar em contato.

Sobre as autoras:

Psicóloga Thais S. Mascotti

Psicóloga clínica, graduada em psicologia e Mestre em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem pela UNESP/Bauru. Capacitada em Terapia Online (ITO), com formação em Terapia de Aceitação e Compromisso – ACT/ Paradigma e em Terapia Comportamental Dialética – DBT/ Ello. Realiza atendimento de psicoterapia online e presencial visando proporcionar um espaço seguro de diálogo.

Psicóloga Karina Orzari Nascimento

Formada em psicologia e Mestra pela UNESP – Bauru. Realiza especialização em terapia comportamental pelo ITCR – Campinas e capacitação em terapia online pelo ITO.
Atende adultos, idosos e casais de forma online. Trabalha com supervisão para estudantes e recém formadas em psicologia; ademais, trabalha com serviços educativos como rodas de conversa e palestras.

Agradecimento

Agradeço à psicóloga Karina Nascimento por aceitar o convite para contribuição de ideias para complementar o texto e pela revisão atenciosa! ♥

Leituras sobre Sexualidade em Filmes: Um Novo E-book Imperdível!

Hoje, quero compartilhar com vocês o lançamento do e-book Leituras sobre Sexualidade em Filmes, no qual tive a honra de contribuir com um capítulo!

Este livro oferece uma análise aprofundada de filmes sob a perspectiva da análise do comportamento, com um foco especial nos debates sobre sexualidade.

Análise Comportamental de 365 Dias

No Capítulo 7, intitulado “365 Dias: Reflexões sobre o Conceito de Self e o Contexto de Violência contra a Mulher sob a Ótica Analítico Comportamental”, discutimos o filme 365 Dias. Exploramos um relacionamento marcado por comportamentos de violência sexual e psicológica, um tema extremamente atual e urgente.

Neste capítulo, abordamos a narrativa do filme e analisamos as relações conjugais a partir de conceitos cruciais como humilhação, dependência, opressão, feminicídio e empoderamento. Nossa análise visa trazer à tona discussões pertinentes e necessárias sobre esses temas complexos.

Vale muito a pena conferir este e-book e se aprofundar nas análises apresentadas!

ACESSE O E-BOOK GRATUITAMENTE

Autoras (Capítulo 7):

Aline de Marco da Silveira e Thais de Souza Mascotti

Organizadores:

Florêncio Mariano da Costa-Júnior e Ana Cláudia Bortolozzi

Gostou deste texto? Leia abaixo outros textos em meu site.

Outros textos

Sugestões de leitura – #momentopsicultural

Gostaria de deixar fixo aqui as sugestões de leitura feitas no quadro #momentopsicultural que realizo no meu instagram profissional (@psicologathaismascotti) e algumas outras sugestões para estudantes e profissionais da psicologia.

Vou atualizando conforme for dando novas sugestões 🙂

Para acessar, caso queira comprar algum material, é só clicar no título dos livros.

Para o público em geral

Para estudantes e profissionais da psicologia

Impactos emocionais e cuidados com a saúde mental – COVID-19

covid-19
No texto de hoje

Vamos falar sobre os possíveis impactos emocionais da pandemia de COVID-19 e quais passos podemos dar para cuidar da nossa saúde mental e emocional nesse período de isolamento social e quarentena.

Estamos passando por um momento em que nossas habilidades para lidar com situações de imprevisibilidade e falta de controle estão sendo colocadas à prova.

Eu sei que, às vezes, pode ser muito difícil entrar em contato com sentimentos desconfortáveis e que o nosso impulso pode ser o de tentar evitar a todo custo sentir esse incômodo. Porém, é totalmente normal que momentos de imprevisibilidade e contato com coisas que fogem ao nosso controle, como o que está acontecendo recentemente, causem diversos desses sentimentos desconfortáveis, como medo, estresse, desorganização, desesperança, tristeza, ansiedade, confusão e pânico.

Uma situação estressante atual, por exemplo, pode ser o risco de ser infectado e infectar outros, sobretudo se o modo de transmissão do COVID-19 não estiver 100% claro. Alguns outros medos específicos que podem aparecer neste período são[1]:

  • Medo de adoecer e morrer.
  • Medo de perder meios de subsistência, não poder trabalhar durante isolamento, e ser demitido do trabalho.
  • Sentir-se vulnerável ao proteger os que ama e medo de perdê-los por causa do vírus.
  • Medo de ser separado das pessoas que ama e de cuidadores devido ao regime de quarentena.
  • Sentimentos de desamparo, tédio, solidão e depressão devido ao isolamento.

Se uma situação de crise, como é o caso de uma pandemia, por si só já pode gerar todos esses sentimentos, eles são ainda mais intensificados por não termos estratégias prévias de enfrentamento sobre como passar por uma situação como essa, que é nova para todos nós. Em outras palavras, não passamos por nenhuma situação desse tipo antes, para que soubéssemos exatamente o que fazer.

Se temos a percepção de que nossos recursos são escassos ou inexistentes para lidar com o desconhecido, os sentimentos desconfortáveis podem se acentuar.

Se você está sentindo alguma dessas coisas, saiba que são reações que fazem sentido dentro desse contexto e que a ansiedade, medo ou preocupação vão existir, mesmo. Mas, se estiver em excesso ou se estiver de forma tão intensa a ponto de causar sofrimento, procure ajuda profissional.

Por enquanto, algumas recomendações para cuidar um pouco mais da saúde mental nesse período de crise e isolamento social são

  • Observe o que está sob seu alcance para prevenir e reduzir o risco de infecção e/ou transmissão. Você teve acesso as informações oficiais de prevenção? Busque fonte oficiais para evitar notícias e informações falsas. Da mesma forma, não repasse informações sem conferir a veracidade.
    Algumas fontes que você pode acompanhar:
    Organização Mundial da Saúde (OMS)
    Ministério da Saúde
  • Diminua e limite o tempo destinado a se atualizar e buscar informações – ou seja, evite ficar o dia todo mergulhado em sites de notícias ou acompanhando grupos de whatsapp que falam muito sobre o tema – principalmente se você se percebe excessivamente preocupado e ansioso com a situação. Observe se reservar de um a dois momentos por dia já é o suficiente para se atualizar.
  • Acesso em excesso às notícias pode agravar quadros de ansiedade. Na nossa história como espécie, desde os nossos ancestrais, nós sentimos medo quando estamos diante de um perigo – como um predador – e é uma forma de nos prepararmos para fugir (e não morrer). Agora, imagina que o coronavírus é o “leão” dos dias atuais, e que você está a maior parte do seu dia encarando esse leão… Não tem como não ficar ansioso!
  • Continue dentro do possível, realizando atividades que já estavam em sua rotina, adaptando para o novo contexto. Se não for possível manter sua rotina, crie uma nova! Começando com pequenas coisas, como horário para comer, tomar banho, dormir e acordar.
  • Mantenha contato com pessoas queridas, amigos e/ou familiares. Se fizer sentido para você, aproveite o momento para falar com aquelas pessoas que você não consegue falar normalmente. É importante manter ou estabelecer uma rede de apoio segura, mesmo que virtual. Comunique a pessoas próximas se estiver sentindo tristeza e ansiedade. O ponto é manter afastamento físico e não distanciamento emocional.
  • Vale se perguntar: o que é realmente importante para mim? O que faz mais sentido na minha vida? O que é mais valioso? Cada um vai ter uma (ou algumas) respostas para essa pergunta: desde tempo de qualidade com família e amigos, até crescimento profissional, passando por realização de diferentes projetos, cuidar da saúde física, autocuidado, espiritualidade… E, então, pensar “o que eu posso fazer hoje para chegar um pouco mais perto disso?”
  • Se fizer sentido para você (re)descubrir hobbies e/ou manter atividades de lazer, como ler livros, aprender a tocar um instrumento musical, ouvir música, fazer jardinagem, aprender a cozinha algo diferente, etc, aproveite para fazer. A ideia aqui não é lotar sua rotina com coisas que não fazem sentido, apenas para não ficar desocupado, mas sim fazer atividades que te levam a viver uma vida que você valoriza.
  • Entenda que a ansiedade vai existir mesmo, mas se a coisa apertar, há ferramentas como o aplicativo Lojong, que possuem exercícios de relaxamento e atenção plena. É possível também praticar outros exercícios de relaxamento, como respiração e meditação ou ainda exercício físicos.
  • Se você faz uso de alguma medicação prescrita de uso regular, verifique a disponibilidade e continue fazendo o uso correto.
  • Se você faz acompanhamento psicológico, se possível, mantenha. Caso tenha alguma dificuldade financeira para prosseguir na terapia, você pode expor essa dificuldade para o profissional para conferir o que é possível fazer.
  • Neste momento de isolamento social, o lar pode não ser um local seguro para uma parte das mulheres. Se você tem sofrido qualquer tipo de violência, como física, psicológica ou ameaças – e, principalmente, se não está se sentindo segura em casa – busque informações de acesso à segurança e ajuda!

Ligue 180 – neste número você receberá orientações sobre rede de atendimento, direitos da mulher e legislação.

Mete a colher” – aplicativo que fornece serviços e informações para mulheres.

  • Preste atenção nas suas necessidades e sentimentos.
  • Auxilie, dentro do possível, pessoas em grupos de risco.
  • Pondere o impacto coletivo de suas ações.
  • Aproveite também para relaxar e descansar. Não precisa se cobrar para fazer tudo o que você gostaria – nós fazemos o melhor que podemos.

Compartilhe nos comentários quais dessas ou outras estratégias você tem empregado para lidar com os sentimentos durante essa pandemia.

Caso sinta dificuldade em lidar com tudo isso, procure ajuda profissional.

Autoras:

Psicóloga Thais S. Mascotti

Psicóloga clínica, mestra em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem (UNESP) e pesquisadora no Laboratório de Aprendizagem, Desenvolvimento e Saúde (LADS/UNESP). Através da psicoterapia e orientação profissional visa proporcionar um espaço seguro de diálogo e condições para o desenvolvimento pessoal e profissional de jovens e adultos.

Psicóloga Juliana K. Guazzelli

Formada em Psicologia (UNESP), pós-graduada em Clínica Analítico Comportamental (Centro Paradigma) e cursando formação em Terapia de Aceitação de Compromisso (HC-FMUSP). Trabalha como psicóloga clínica no atendimento de crianças, adolescentes e adultos.

Referências

[1] Guia preliminar – Como lidar com os aspectos psicossociais e de saúde mental referentes ao surto de covid-19. Versão 1.5”, Grupo de Referência IASC sobre Saúde Mental e Apoio Psicossocial em Emergências Humanitárias (março/20).

Ornell, F., Schuch, J. B., Sordi, A. O., & Kessler, F. (2020). “Pandemic fear” and COVID-19: mental health burden and strategies. Braz J Psychiatry.

Sá, S. D., Werlang, B. S. G., & Paranhos, M. E. (2008). Intervenção em crise. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 4( 1).

Guia da OMS sobre cuidados para a saúde mental durante a pandemia

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