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As coisas acontecem na minha vida “do nada”?
Reajo às diversas situações da mesma maneira, porque acredito que não tenho escolha?
Sou uma pessoa fadada ao destino?

Parar para refletir sobre essa e outras questões similares, de maneira geral, o que te leva a fazer/ pensar/ sentir determinadas coisas, ainda não é um exercício muito comum para grande parte das pessoas.

Não aprendemos a fazer isso, tampouco somos incentivados a fazer.

Pode ser difícil analisar uma situação, principalmente quando estamos em sofrimento, tristes ou com raiva, por exemplo.

Consequentemente, algumas pessoas não sabem (ou tem dificuldade de) explicar os eventos da própria vida e acabam atribuindo as consequências das próprias ações ao destino, sorte, acaso, etc., como se não houvesse outra forma possível de entender o que acontece.

Alguns exemplos de frases que eu ouço com bastante frequência:

“não sei por que eu fiz tal coisa”

“eu fiz tal coisa de tal maneira, porque é da minha personalidade, não dá para fazer de outro jeito”

“é culpa do meu signo”

“não sei por que me sinto assim, é do nada”

Mas Thais… eu acho que a descrição do meu signo é perfeita, acredito em destino, acho que o que é para ser será, etc., e dai?

Minha proposta é de reflexão, de acordo com uma visão da psicologia. Acreditar em algo não deveria ser um impedimento de entrar em contato com outras formas de entender o mundo. Expandir o conhecimento nunca é demais.

Muitas pessoas não sabem, mas a Psicologia é uma ciência vasta.

O que isso significa? Significa que existem diversas áreas de atuação que o psicólogo pode se inserir e diferentes vertentes teóricas que embasam sua atuação. Essas últimas são referentes às diversas teorias que vão fornecer diferentes explicações sobre o homem e ferramentas para que o psicólogo possa trabalhar (Análise do Comportamento, Psicanálise, Sistêmica, etc.).

De acordo com essa vertente, entendemos que o que fazemos hoje é resultado não apenas da nossa história de vida, ou seja, das experiências que tivemos e temos enquanto indivíduos, mas também há a influência da nossa história enquanto espécie e influência da nossa cultura.

Toda pessoa ao nascer, traz com ela características individuais que estão ligadas ao que é hereditário/ biológico; e características definidas também pela aprendizagem.

Para simplificar, a aprendizagem está relacionada com o que um determinado comportamento acarreta para você e para os outros.

Comportamos-nos de determinada forma a depender do local, das pessoas com quem estamos e da situação na qual nos encontramos e, tudo o que fazemos tem consequências.

Essas consequências influenciam a maneira como nos comportaremos no futuro, no sentido de poder aumentar a probabilidade de voltarmos a nos comportar de determinada forma, assim como essas consequências podem diminuir a probabilidade de nos comportarmos da mesma forma na mesma situação.

“Ah Thais, isso está muito complicado”.

Eu sei. E eu não espero que você entenda toda uma teoria só com esse meu resumo. Meu objetivo é que você comece a prestar mais atenção não só em como você se comporta, nas coisas que você faz, sente e pensa, mas também se atente para as consequências das suas ações e ao ambiente (qual a situação, que pessoas estão com você quando certas coisas acontecem, etc.).

Vamos exemplificar.

Imagine uma criança em um supermercado com o pai e a tia. A criança pede para o pai comprar um picolé. O pai diz não. A criança insiste e, frente à manutenção do “não” do pai, ela começa a chorar e gritar. A tia se sensibiliza e compra o picolé para o sobrinho. A criança para de chorar.

Fazendo essa pequena análise, pergunto: em uma próxima oportunidade, para quem a criança pedirá o picolé?

É claro que esse é um exemplo bem simples e uma análise bem superficial, mas espero que tenha dado para perceber o quanto nossas interações são complexas e que existem modelos teóricos que buscam ajudar a entender essas relações.

O que aprendemos aqui, então, foi a importância da pessoa estar atenta ao outro, a si mesma e ao ambiente em que está inserida. Pode parecer um exercício fácil, mas não é. Que tal começar agora?

Caso queira fazer psicoterapia com uma psicóloga que trabalha com esse referencial teórico, entre em contato.

Thaís S. Mascotti

Psicóloga clínica (CRP 06/137999), graduada em psicologia e mestre em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem pela UNESP/Bauru. Capacitada em Terapia Online. Possui Formação em Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e em Terapia Comportamental Dialética (DBT). Visa proporcionar um espaço seguro de diálogo e condições para o desenvolvimento pessoal e profissional de jovens e adultos.

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